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Teoria de RPG

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Mensagem por Diego Ter Out 26, 2010 3:05 pm

Bem pessoal, estou acompanho um grupo de discussão que busca obter algumas repostas as inquietações de mestres e jogadores de RPG. Das questões mais simples as mais complexas e amplas. O objetivo comum está acima das ideologias pessoais, buscando sempre teorizar os diversos aspectos do RPG e suas nuances. Recentemente acompanhei uma discussão muito interessante que gostaria de compartilhar com vocês. Lembrando que tratamos do tema de forma clara e sadia, sem agredir as opiniões dos colegas.
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Desafio e Obstáculo Narrativo em jogos de RPG

"..."o meu personagem paladino virgem vai ceder a tentação
da prostituta ("tema desejo versus lealdade com o jogador querendo
experimentar a decadência do seu personagem paladino - objetivo
narrativista) discutindo com outro jogador que diz "você não pode fazer isso
porque o seu paladino jamais quebraria um voto, você tem a desvantagem "voto
de castidade" na sua ficha (objetivo simulacionista - quer que os colegas
representem fielmente o que está na ficha, simulando um paladino em um mundo
de fantasia.).

Por isso a conversa com os jogadores antes de um jogo é importante,
determinado o estilo do jogo, como vai ser, o que se espera de todos etc. E
também é importante o mestre ter para si que objetivo tem como jogo e
procurar manter uma coerência nesse objetivo, o que evita também os
jogadores ficarem confusos e sem saber o que fazer em determinado momento..."

Esse trecho acima é um fragmento da fala do Tio Nitro na discussão que segue um rumo bem interessante. Proponho começar desse ponto, onde o papel do Mestre/Narrador se mistura com o dos jogadores. O desempenho do grupo como um todo, jogadores e mestre, pode ser prejudicado pela falta de orientação determinada previamente. Durante até mesmo a criação dos personagens. Perdemos isso aos poucos.

Lembro-me que quando comecei a jogar/mestrar, sempre tínhamos uma sessão de criação de personagens, muitas vezes já comecávamos a jogar nela, pelo grau de vício, mas sempre dedicávamos um tempo para criação dos personagens.

Achei interessante a proposta de Leo de reservar essa primeira sessão para criação dos personagens. Me fez lembrar do tempo quando comecei a jogar RPG. Mas fazendo um comparativo com outras mesas do nosso grupo, tenho visto que essa preocupação com a feitura dos personagens tem se resumido apenas no preenchimento de fichas avulsas. Personagens sem nenhum comprometimento com a estória que está para ser contada.

Bem, aguardo as opiniões de vocês.

Até.

Diego
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Mensagem por Patinho Amarelo Ter Out 26, 2010 3:23 pm

Os jogadores não fazem o mundo, vivem nele. Eu posso jogar com um padre puritano em uma campanha onde o tema é "Seja mal que nem lacrau", mas ai eu estarei sendo, no mínimo, suicida, pois, o mestre irá me matar na primeira sessão. E na pior das hipóteses eu estou sendo um estorvo para a própria estória.

Todo jogo tem sua proposta. Todo mestre tem sua proposta. Todo jogador tem suas vontades, e por ae vai... Tem como agradar a todos? Sinceramente, acho difícil. O melhor que se pode fazer é ter um diálogo para tentar achar um denominador comum para uma campanha, permitindo que, em teoria, todos se realizem nela. Isso é possível?

Nem. Cara, se um jogador fica descontente ele pode sair do jogo, se um mestre fica com desgosto a campanha "Edema". Já vimos isso várias vezes, um duelo "silencioso" entre jogadores e mestre, onde o jogador quer impor seu estilo, sua vontade de jogar e o mestre quer fazer aquilo que ele, com tanto carinho e horas de sua folga, preparou. Uma conversa resolve muita coisa, mas a capacidade do jogador e mestre de remover seu "tapa burro", permitindo que ambos caminhem no mínimo de flexibilidade para ter alguma harmonia no jogo. Mas, ainda afirmo isso, a proposta NUNCA é para ser a do jogador, mas sim a do mestre. O mestre tem por obrigação deixar claro o que ele vai mestrar, o que ele deseja mestrar, como ele vai faze-lo e o que ele pretende. Se um jogador não gostou, faça um favor a todos e não jogue.

Entre os jogadores. Cara, um jogador pode falar "você não pode fazer isso por causa disso, disso e daquilo outro" Mas, acredito eu, que temos que calar a porra de nossas bocas e deixar o cara fazer a merda que quiser. Não somos nós que determinamos conseqüências e, por aqui, não tem mais criança jogando. Se o cara for fazer merda, deixa que o mestre vai estar pronto para enraba-lo adequadamente.

Sobre a criação dos personagens. Eu me recordo disso também. Antigamente a primeira sessão era de criação, porém, devido a própria experiência mesmo, aconselhasse que chegue com a ficha pronta e, por favor, que o mestre já a tenha alguns dias antes. Os jogadores conversam E MUITO antes da primeira sessão. Quando uma nova campanha esta para começar, ela se torna o "tema da vez" no bate papo sobre RPG. Isso é muito comum, logo, o diálogo entre jogadores e mestres vai ocorrendo constantemente antes da primeira sessão.

Exemplo: A mais nova "campanha" é o l5r de Leo. Eu, particularmente, já entendi muito bem a proposta do jogo, assim como já tive vários diálogos com o futuro mestre, assim como alguns futuros jogadores. Isso ajuda a desenvolver o conteúdo, e é uma forma do próprio narrador ter um feedback de sua proposta, se foi bem recebida, etc... Se há um clamor por uma mudança nela, e por ae vai.

Sobre sua crítica velada, Diego. Acredito que em algumas mesas você está, sim, correto. Personagens feitos sem nenhum comprometimento ou sem nenhuma vontade de se inserir na estória. Como o caso do padre puritano na campanha do lacrau, ou em um "bushi" em uma campanha "courtier only". Mas, por experiência, cabe ao próprio mestre vetar isso sumariamente, ser claro, direto. Caso o jogador insista, bom, dedo divino rulez...
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Mensagem por Leo Ter Out 26, 2010 4:28 pm

citando, com grifos nossos:

Patinho Amarelo escreveu:

Entre os jogadores. Cara, um jogador pode falar "você não pode fazer isso por causa disso, disso e daquilo outro" Mas, acredito eu, que temos que calar a porra de nossas bocas e deixar o cara fazer a merda que quiser. Não somos nós que determinamos conseqüências e, por aqui, não tem mais criança jogando. Se o cara for fazer merda, deixa que o mestre vai estar pronto para enraba-lo adequadamente.

eu odeio concordar com manteda. sério. mas, velho, o bicho consegui resumir nesse parágrafo tudo q ia dizer. poutz. especialmente com a ênfase no enrabá-lo adequadamente. ehehehehe.

man, o erro essencial na situação proposta diego foi justamente o outr jogador dar uma de mulherzinha e ir palpitar na interpretação do cara. e daí se o cara tem desvantagem x ou y? ele não pode tentar superar ? ou então não pode cair da graça não? porra, esse jogador ZÉ BUCETA q falou essa MERDA é tudo q eu não curto em RPG: um jogador MUNCHKIN, maniqueísta e preocupado com sistema. acredito não curtir isso nesses fdps especialmente pq eu sou o contrário disso tudo (exceto em gurps, q é a verdade, não um jogo)

no mais, essas discussões pra mim sempre foram secundárias pq eu não tenho a mínima vontade de doutrinar em RPG. JÁ TENHO q fazer isso no meu trampo e nos meus estudos. deixo pros desocupados de plantão essa tarefa uahsauhsuahsuahs

meu negócio é JOGAR! uahsauhuahs

quanto Às sessoes de ficha, velho, todo jogo meu eu tenho q sentar com os zés manés e entender o personagem: sem isso naõ consigo mestrar, já q sempre adequo o plot dos bonecos ao jogo e vice versa. como faz tempo q não mestro, vcs esquecem isso, mas até na finada ONE SESSION do CTHUUUUUUGA eu levei umas 2h entendendo cada um dos 9 bonecos uahsuahsuahsuahs

em suma: menos boquejado, mais rolymplay. gg mthrfckrs!!!
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